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Revista Pense Leve – setembro 2012

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Remédio para emagrecer nunca é o único recurso

Clique na imagem e confira o artigo no portal Plena Mulher.

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O que é cura?

 Em 2 anos eu respondi quase 4000 e-mails pelo site que gerencio de alergia ao leite de vaca.

Nesse período posso dizer que a pergunta que mais recebo é se a criança vai se curar um dia.

Eu convivo com a doença desde que nasci. A doença do meu pai, da minha madrinha, do meu avô, dos meus primos… e depois que me formei, dos pacientes que atendo.

Acho que busquei essa profissão como uma forma de aprender a lidar com algo que sempre convivi: a doença.

Hoje tenho 33 anos e o que aprendi vivendo, convivendo e trabalhando com pessoas doentes foi que TODA DOENÇA TEM CURA!

A medicina e as pessoas que trabalham na área da saúde precisam ter a humildade de aceitar que são apenas “os ajudantes” que mostram o caminho da cura. Porém, percorrer esse caminho  e se curar é responsabilidade e mérito da pessoa que adoeceu.

A doença é muitas vezes uma forma do corpo sinalizar que algo precisa ser visto, algo que você não quer ver, algo que você negligenciou e hoje está mostrando suas consequências…

Mas e quanto aos bebês que acabaram de nascer?  Acredito que possa também ser uma forma da família olhar para algo que ficou perdido no tempo.

Eu acredito que a doença pode ser uma das formas de cura da alma.

Temos que tratar a doença como doença, com todos os recursos que a medicina possui, mas não podemos deixar de olhar para o que ela está querendo nos dizer com relação à forma como levamos a nossa vida.

Um exemplo disso é o meu avô. Ele foi diagnosticado com câncer quando eu tinha 12 anos de idade. Nessa época disseram que ele tinha pouco tempo de vida. Sabe o que ele fez? Foi viver a vida que ele nunca havia vivido. Viajou o mundo com a minha avó e ainda levou filhos e netos com eles algumas vezes. Comprou um apartamento na praia e ia pra lá com muita frequência, mesmo a praia estando a quase 700km da sua casa em São José do Rio Preto. Meu avô despertou em mim nessa fase a vontade de estudar, trabalhar para ganhar dinheiro e poder conhecer vários lugares. Ele viveu belíssimos 12 anos literalmente curtindo a vida com sua família. Depois o câncer voltou e não teve mais tempo, 3 anos depois ele faleceu. Mas o que é cura? Eu acredito que o câncer o ajudou a curar a sua alma e a valorizar o que ele realmente achava importante na vida. Mesmo que ele tenha vindo a falecer, a doença lhe deu oportunidade de viver de forma diferente nos seus últimos 12 anos de vida ativa.

Meu pai tem uma doença cardíaca e fez sua primeira cirurgia antes deu nascer. Vivo com  o medo eminente da morte do meu pai desde que me entendo por gente nesse mundo. Mas, apesar de ter ouvido dos médicos várias vezes: Ah, dessa vez não tem chances de sobreviver! Ele está vivo até hoje, trabalha e tem uma vida normal, apesar do montante de remédios diários…e eu já tenho 33 anos. Isso não é cura?

Meu primo tem um câncer de cérebro grave. Também já ouvimos várias vezes que ele não iria ficar bom e que a cirurgia deixaria graves sequelas. Antes da segunda cirurgia o câncer havia crescido e as chances de remoção eram mínimas. Nessa época sua esposa engravidou. Para deixar a situação ainda mais triste, quando ela fez o ultrasson viram que a criança tinha hidrocefalia, não tinha corpo caloso no cérebro e as chances de sobreviver eram mínimas. Bom, só para resumir: Meu primo fez a 2º cirurgia, está ótimo e sem sequelas e o bebê dele é lindo, nasceu sem hidrocefalia, é uma criança super saudável e está muito bem. Meu primo ainda tem o câncer, pois não foi possível remover tudo, mas isso não é um tipo de cura?

 Tenho muitos bebês que acompanho que sararam da alergia ao leite e hoje seguem uma vida sem restrições. Outros ainda possuem algumas restrições alimentares, mas estão convivendo bem com a doença….

Eu acredito que todas as doenças têm cura!! Mas basta saber o que é cura para você! Nem sempre a cura da alma significa a cura do corpo e vice-versa. Mas todos nós podemos nos curar do que nos aflige, seja no corpo, na mente, na alma ou no coração!!

Renata Pinotti – nutricionista

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Dietas podem ser perigosas para a sua saúde…mental!

Você sabe qual é o desencadeador comum a todos os transtornos alimentares (TA´s)? A dieta! Nem todas as pessoas que fazem dieta desenvolvem esses transtornos, mas o transtorno alimentar daquelas que o possuem teve início com uma dieta na grande maioria dos casos.

Estou falando de anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP). Esse último acarreta 30% da população que está com obesidade, portanto, vale a pena darmos uma maior atenção ao TCAP aqui no nosso blog.

Só é considerado TCAP, episódios RECORRENTES de compulsão alimentar caracterizada por uma ingestão exagerada de alimentos, num curto período de tempo, quando comparada à quantidade que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares; e por um sentimento de falta de controle sobre o episódio.

De acordo com o DSM-IV, os episódios de compulsão alimentar estão associados a três ou mais dos seguintes critérios:

  • comer muito e mais rapidamente que o normal;
  • comer até sentir-se incomodado, repleto;
  • comer grandes quantidades de alimento, quando não está fisicamente faminto;
  • comer sozinho por embaraço devido a grande quantidade de alimento que consome;
  • sentir repulsa de si mesmo, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente;
  • acentuada angustia relativa a compulsão alimentar;
  • a compulsão alimentar ocorre, pelo menos, dois dias na semana, durante seis meses.

Veja como a dieta funciona como desencadeadora dos TA´s:

eu me acho gorda decido restringir alimentação (DIETA) → privação (fisica e emocional) →  me revolto contra as regras autoimpostas (sensação de raiva; pensamento tudo ou nada) → COMPULSÃO →  sensação de culpa (perda de controle) → sinto-me mal → como para me confortar → eu me acho gorda → (…)

Esse é um ciclo difícil de sair sem ajuda…

Fique atento porque o TCAP precisa de tratamento específico, e é diferente do tratamento para a obesidade. Muitos dos tratamentos para obesidade podem interferir na fome, mas não interferem nas compulsões. 65% das pessoas que tem TCAP são obesas e provavelmente  procuram tratamentos inespecíficos para o transtorno. O TCAP não adequadamente tratado pode levar a cronificação que piora a evolução do quadro geral. Mais um bom motivo para você procurar um tratamento interdisciplinar.

Juliana Ferraz-psicóloga 

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Vamos dividir o pão?

Para sobreviver, precisamos comer.  A fome é um importante sinal de alerta do nosso organismo para nutrirmos nosso corpo, é instintivo e não nos difere de nenhum animal. Mas, nós seres humanos, fomos além de comer para sobreviver. Comemos por prazer e como uma forma de sociabilizarmos. Alguns antropólogos defendem que a necessidade de comer foi responsável pelo nosso comportamento social, reforçado pelo domínio do fogo e  portanto pelo cozimento dos alimentos, mudando desta forma, nossa relação com o que, como e com quem comemos.

Antes, comíamos sozinhos e vivíamos de sementes, frutas, raízes e pequenos animais, estes muito difíceis de mastigar sem o cozimento. Com o fogo todavia, a carne / proteína se tornou mais atrativa e viável, passamos tanto a caçar mais como a caçar  animais maiores. Para isso desenvolvemos estratégias de grupo e partilhamos o trabalho,  sendo que aos homens  cabiam  a caça, enquanto às mulheres cabiam o preparo do fogo e cozimento do alimento.

 Logo, quando os homens voltavam da caça, trazendo em mãos  o sucesso de suas  empreitadas, se reuniam com o grupo ao redor do fogo e todos celebravam a conquista, fartando-se. Assim, dividir a comida, era uma oportunidade de conviver. Daí, inclusive , que surgiu a palavra “cum vivere”, que significa viver junto,  assim como a origem do termo companheiro  derivado da expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o substantivo masculino pão, o que lhe dá o significado de participantes do mesmo pão. Isso dá a idéia de uma convivência tão íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem do mesmo pão, para o seu nutrimento.

Comer então, de instinto básico de sobrevivência individual passou a ser uma atividade afetiva e social. Adquirimos o hábito de comer em grupo, para celebrar e confraternizar através do compartilhamento do alimento.  A comida ganhou um poder de coletividade, basta pensar em qualquer data importante, que ela estará lá, com pratos cada vez mais elaborados  e acompanhada de estética e rituais, desenvolvemos instrumentos como  talheres, copos, pratos, tijelas, guardanapos  e adornos como enfeites de mesa, toalhas, e castiçais.  Cada vez mais rebuscados e com uma forte carga de identificação de grupo, comemos com nossos iguais, sob o ponto de vista sócio-cultural. O comer em grupo, ajudou a desenvolver também os laços familiares e organizou as pessoas em comunidade através da rotina estabelecida pelos horários da alimentação, de forma que todos pudessem estar juntos às refeições.

Comer portanto é celebrar e compartilhar, devendo ser uma forma saudável de estar em grupo e reforçar afetos, afinal tem coisa mais gostosa que um bolo de aniversário cheio de risada de criança, um bem casado levado no bolso do paletó para o dia seguinte ou um churrasco repleto de amigos?

Cristiane Richter – psicóloga

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Obesidade: o amor como saída

Conseguir amar o próprio corpo é certamente um desafio para quem está com obesidade. Fica difícil até mesmo suportar a própria imagem.  O segredo está em amá-la para além da estética ou o que é valorizado pela nossa cultura, mas pela jornada psíquica que essa imagem pode evocar. Como assim?

Estou falando de sentido ou do que está por trás da doença. Os regimes não funcionam porque o peso e a comida são os sintomas e não os problemas. Assim como os sonhos, o corpo também é simbólico!  A elaboração do que está por trás desses sintomas é o que possibilita a ampliação da consciência, o desenvolvimento da personalidade e consequentes transformações, tanto na maneira de se ver quanto na de ver o mundo. Ah, claro, e a cura! Os problemas alimentares manifestam a necessidade que a psique tem de ser vista, homenageada e amada.

Queria relacionar aqui nesse contexto de psicossomática, como comer pode ser uma metáfora de como se vive e como se ama. As fantasias exageradas, a criação de dramas, a necessidade de estar no controle e desejar o que é proibido são comportamentos que impedem a alegria na alimentação e nos relacionamentos. A preocupação com a comida distrai dos problemas de confiança e de intimidade. É mais seguro ter que emagrecer a amar e ser amado, porque sabe-se de onde virá a dor, tem-se o controle.

Negligência, falta de confiança, falta de amor, abuso sexual, abuso físico, raiva não manifestada, mágoa, ser objeto de discriminação, e proteção contra a possibilidade de voltar a ser magoado, são problemas que podem estar relacionados com a obesidade. A obesidade surge, não pela vivência do trauma, mas pela repressão do trauma.

É importante aceitar a responsabilidade pela mudança no presente, valorizando a si mesmo, confiando em suas fomes físicas e emocionais, aprendendo a receber prazer e resgatando a capacidade de ser íntimo de outra pessoa.

Os hábitos foram formados por padrões iniciais de amor e é necessário trabalhar tratando a alimentação com amor para que seja possível voltar a sentir-se satisfeito com a vida!

Juliana Ferraz- Psicóloga

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O poder do autocontrole

Já vimos no post “Ai,ai,ai…que tentação”, como os mecanismos do impulso de recompensa imediata e a reflexão que foca em objetivos a longo prazo brigam em nosso cérebro para controlar nossas respostas.

Segundo a teoria do comportamento planejado, todas nossas ações são diretamente influenciadas por nossos interesses e desta forma o autocontrole é o resultado da batalha travada entre  a vontade  de sentir prazer imediato contra o esforço de adiá-lo a favor do futuro.

Pois bem, agora vamos ver como priorizar os conselhos do anjinho da razão em detrimento do diabinho do prazer imediato:

  1. Estabeleça metas a curto,  médio e a longo prazo – para começar transforme as metas de longo prazo em metas menores e mais acessíveis, desta forma, para correr 10 km comece andando, pois são as pequenas e constantes mudanças  que fazem toda a diferença!
  2. Reconheça e comemore resultados ainda que pequenos;
  3. Transforme o fracasso em sucesso,  afinal aprendemos com os erros e sempre há o dia seguinte para recomeçar;
  4. Fortaleça sua capacidade de reflexão,  adquirindo informações necessárias para reconhecer claramente os comportamentos indesejáveis e suas consequências – estude o inimigo!
  5. A gordura estimula sua própria ingestão, assim, quanto mais comida gordurosa você comer, mais vai querer comer! Se comer um pastelzinho de entrada, ficará mais estimulado em comer gordura no prato principal.
  6. Mantenha a tentação fora do  alcance, afaste-se de circunstâncias potencialmente comprometedoras, pois autocontrole tem muito  a ver com estratégias e esforços conscientes;
  7. Evite o estresse e o álcool que diminuem, e muito,  a capacidade de resistir;
  8. Previna a situação de risco e a própria reação, como por exemplo: “…se me oferecerem mais um pedaço de bolo, polidamente recusarei…”;
  9. Comprometa-se, isto é, estabeleça uma forte identificação com seus  objetivos – aumente seu comprometimento falando para os amigos, pois as palavras tornam os pensamentos mais concretos;
  10. Insista em repetir o novo e desejável  comportamento até mudar o hábito definitivamente, transformando assim o sistema impulsivo – se antes  você pedia automaticamente um refrigerante e agora se esforça para pedir um suco,  logo mais esse pedido virá naturalmente;
  11. Autocontrole é limitado, reserve-o para o que é estritamente necessário – se você se controlou para não brigar com o chefe o dia todo, é mais provável que ceda à barra de chocolate quando chegar exausto em casa – “Afinal, eu mereço, vai pensar!

Vale lembrar, que  o excesso de controle é tão prejudicial quanto a sua falta, afinal a vida é bem mais gostosa quando também satisfazemos muitos dos nossos prazeres imediatos! O importante é não se fixar em nenhuma destas polaridades, pois  podemos conviver bem com nossos anjinhos e diabinhos internos, ora satisfazendo um, ora outro , e assim senhores de nossas escolhas, estarmos equilibrados e de bem com a vida!

Cristiane Richter – psicóloga

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Experiência Articular

Fotografia: Juliana Ferraz

A Articular é o nosso centro de treinamento e a casa do PICOS. Lá acontecem as reuniões semanais da equipe interdisciplinar e todo o roteiro de atividades físicas previsto para os nossos clientes.

“A Articular é um espaço com propostas inovadoras no trabalho do corpo, valorizando a consciência e a integração corporal. Aspectos como funcionalidade, individualidade, força, equilíbrio, potência, organização corporal e coordenação motora são o foco de nossos programas de “Treinamento Integrado””.

Gostaria, neste post, de contar para vocês um pouquinho de como essa conscientização e integração corporal acontecem do ponto de vista da minha própria experiência enquanto aluna! A Articular fica em uma linda casa verde, onde me encontro com pelo menos três educadores físicos para acompanhar o meu treino. Divido o espaço com no máximo mais 7 outros alunos. Todos de pés descalços. Poucos alunos e muita atenção favorecem o vínculo entre profissionais e alunos, o “sentir-se” à vontade, a assiduidade na atividade e a nossa segurança.

A maioria de nós está acostumada a controlar nosso corpo a partir de referentes externos, como o espelho. Muitas vezes dependemos disso para encontrar o nosso ponto de equilíbrio, ou a postura mais correta.  A Articular não é inteira espelhada, existem poucos espelhos, o que tem me treinado a perceber o meu corpo sem essa referência externa. Dessa forma, a minha autopercepção tem acontecido de dentro para fora, e não o contrário. Esse resgate do referencial interno é riquíssimo na ampliação da consciência corporal.

Na Articular aprendi também a trabalhar meu corpo através de exercícios com bolas, elásticos e caixotes. Dei-me conta de que na minha experiência em academias tradicionais, as máquinas de musculação faziam grande parte de um trabalho que deveria ser meu, como por exemplo, me poupando a atenção. Para uma atividade física consciente é preciso que estejamos presentes no nosso corpo. É preciso estar estruturalmente organizados, equilibrados e atentos para executar um movimento corretamente sem a ajuda de aparelhos super modernos.  Com isso conquistei autonomia de movimento, e a integração e consciência corporal que essa autonomia requer.

A Articular é referência no cuidado do corpo e da saúde. A Articular é, sem dúvida, um diferencial do PICOS e, certamente, um diferencial na qualidade de vida de todos os que fazem parte da família Articular.

A consciência agrega sentido a um evento e o transforma em experiência.

Essa é a minha experiência, qual é a sua?

Psicóloga- Juliana Ferraz

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Você tem sede de que?

O calor chegou e para se refrescar é natural que você pense em algumas bebidas bem geladas. Mas você sabia que as bebidas açucaradas são os maiores vilões da dieta e que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, pessoas que matam a sede com bebidas calóricas possuem 60% a mais de chances de se tornarem obesas? Portanto, aqui vão algumas dicas para você se refrescar sem adicionar muitas calorias no seu dia:

Águas flavorizadas – A melhor bebida para matar a sede é a água. Mas nós podemos torná-la ainda mais saborosa adicionando sabor e aroma. Coloque a água em uma jarra de vidro com folhas de hortelã ou gomos e tangerina, ou rodelas de goiaba, laranja e/ou limão. Deixe na geladeira e beba a água bem gelada. Você pode fazer o mesmo com a água com gás, é refrescante, saudável, sem calorias e sem carboidratos.

Sucos – Os sucos de fruta possuem uma concentração muito grande de frutose (açúcar da fruta) e um alto índice glicêmico. Por isto podem ser tão calóricos quanto os refrigerantes. Entretanto, como eles oferecem muitos nutrientes, são uma opção muito saudável. Você pode resolver a questão colocando apenas 1 porção de fruta para 1 copo de água ou garantindo que metade do copo seja completado com água. Uma alternativa também saudável é fazer suco de legumes e vegetais. Um suco de tomate, por exemplo, tem menos da metade de calorias e 1/3 da quantidade de carboidrato de um suco de laranja.

Outra dica é optar pelo suco de limão ou maracujá adoçados com adoçante, pois eles são muito mais diluídos e, consequentemente, possuem menos calorias e carboidratos. Por exemplo, é preciso apenas 1 maracujá para preparar 1 litro de suco. Já no preparo de 1 litro de suco de laranja puro são utilizadas de 10 a 12 unidades da fruta.

Cuidado com os sucos preparados em processadores, pois apesar de nutritivos eles são muito concentrados e, portanto, muito calóricos. Sempre dilua em água o concentrado de frutas para que ele se torne refrescante e reduzido de calorias.

Atenção dobrada para os sucos industrializados, eles possuem em média 20g de açúcar por copo. Portanto, opte pelas versões “light” nestes casos e não exagere, pois são calóricos também e não possuem a mesma quantidade de nutrientes que os sucos naturais.

Vitaminas com leite – A tentação de uma vitamina geladinha de frutas batidas com leite pode ser irresistível. A dica neste caso é reduzir as calorias utilizando sempre o leite desnatado e garantir que apenas 1 porção de fruta seja utilizada para o preparo. Você pode variar o tipo de fruta, mas atentando-se à quantidade utilizada.

Ex: 1/3 de maçã + 1/3 de banana + 1/6 de mamão papaia = 1 porção de fruta

Porém, cuidado quando fizer o pedido em um restaurante ou lanchonete: alguns desses locais podem adicionar sorvete e açúcar na preparação.

Bebidas energéticas – São utilizadas atualmente, pois acredita-se que esse tipo de bebida fornece mais disposição. Mas atenção! Bebidas energéticas podem ser tão calóricas quanto os refrigerantes. Uma alternativa refrescante neste caso é o chá mate e o chá preto, pois também são ricos em cafeína. Um chá mate gelado com fatias de limão e gelo, sem açúcar ou adoçado com adoçante, é uma ótima opção para o verão.

Refrigerante – Você sabe que é melhor evitá-los!! Os refrigerantes normais são pobres em nutrientes e ricos em calorias, pois possuem em média de 20 a 30g de açúcar por copo. Os refrigerantes nas versões sem açúcar (diet, light ou zero) são isentos de calorias, porém possuem mais sódio do que os normais, o que acarreta uma sede rebote ainda maior, levando as pessoas a consumirem quantidades excessivas de refrigerante no dia.

O consumo diário de refrigerantes diet tem sido associado ao aumento em 43% nas chances da pessoa apresentar eventos cardiovasculares, quando comparado com pessoas que consomem refrigerantes regulares ou que bebem menos refrigerante diet (entre 1 por mês e 6 por semana).

Portanto, se estiver com muita vontade de tomar um copo de refrigerante gelado, beba. Mas consciente de que não é porque ele é zero que você pode tomar à vontade!!

 Fazendo as escolhas certas, você vai conseguir atravessar a época de calor refrescando-se na medida e sem alterar os ponteiros da balança.

Renata Pinotti- Nutricionista

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Nem baleia, nem sereia.

O último e interessante post da Juliana Ferraz, instigou nossa equipe a refletir sobre os aspectos sociais da obesidade. Segundo a Veja SP de 30/11/11, embora a proporção  de obesos paulistanos adultos passou de 11% para 15% em 04 anos, a cidade os trata mal  com cadeiras desconfortáveis, discriminação no trabalho e roupas inadequadas.

A vida social é um aspecto de grande importância para todo e qualquer ser humano. Ter amigos e desfrutar de atividades de lazer com eles é requisito para uma vida saudável. É muito difícil identificar o ponto de partida deste ciclo vicioso, mas o fato é que, a maioria dos obesos  tendem a se isolar pois são discriminados  e sentem vergonha de sí mesmos, comem em excesso por tristeza, solidão ou ainda como um substituto das atividades sociais e de outras possibilidades de prazer/lazer.

A Revista Veja demonstrou que muitos são mal tratados em lojas de roupas, sendo poucas as que oferecem numeração adequada associada a bom gosto e  estilo. Ademais, muitos lugares não estão adequados para recebê -los com cadeiras apertadas, frágeis ou fixadas  com a mesa , de forma que não cabem no teatro, no cinema, em casas de espetáculos, no elevador  e em transportes públicos.

Há leis que buscam assegurar  esta adequação de cadeiras e o direito do consumidor defende o reembolso do valor investido, mas muitos estabelecimentos ainda não se adequaram e o obeso tende a ser bastante tímido na defesa de seus direitos.

E o mal estar não para por aí. Segundo pesquisa de 2010 do Hospital do Coração,  66% dos paulistanos e cariocas da classe A não casariam com uma pessoa gorda e 81% dos entrevistados acreditam que a obesidade interfere nas relações de trabalho. De fato, muitas empresas evitam a contratação  por terem mais predisposição em desenvolverem comorbidades como hipertensão e diabetes, o que comprometeria no rendimento profissional.

Lembramos de duas situações ilustrativas.

  1. A Duloren lançou no final do ano passado uma campanha de lingeri tamanho GGG,
  2. Em 2008 , a Academia  Runner anunciou em outdoor ( tirado de circulação) os seguintes dizeres: Neste verão, qual você quer ser? Sereia ou Baleia?

A obesidade é uma doença com um tratamento extremamente complexo, pois provem de diversas causas e  acarreta uma série de comorbidades significativas para a saúde da pessoa. Por esta razão, acreditamos que não deve ser vista como uma escolha pessoal e desta forma hipervalorizada (como a erotização da campanha citada) e tampouco  deve ser vista como falta de vontade, desleixo ou preguiça e discriminada pela ditadura de uma beleza inalcançável. No entanto, deve sim, sempre haver espaço para os obesos se ajustarem socialmente, exercendo saudavelmente sua sexualidade e auto-estima como aspectos fundamentais de seu tratamento e de uma vida com qualidade.

Cristiane Richter – psicóloga

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